E esse será o meu nono dia dos namorados.
“Meu Deeeus! Mas já tá na hora de casar!!!”
“Nossa! Esse aí tá te enrolando, hein?”
Mas, e daí? Só quem namora há tanto tempo sabe a dor e a delícia que é. E é tão bom, mas tão bom, que dá até um medinho de deixar isso de lado.
O casamento eu não sei como é.
O namoro, sim. É bom. É muito bom…
Eu aprendi a escutar mais. Porque a minha opinião deixou de ser a única e exclusivamente válida.
Eu descobri que ter um namorado é muito mais do que ter companhia pro cinema todo fim de semana e alguém que pague seus jantares.
Eu compreendi que a vida à dois não é cem por cento flores e nem sempre acaba bem no final do capítulo, como nas novelas. Mas que, pra ser assim, depende dele e de mim.
Eu cresci.
Cresci e aprendi a ser muitas outras além de mim.
Antes, Carol.
Agora, Carol namorada, mulher, amante, professora, aluna, mãe.
A que chora, que bate, que manda, que reclama. A que escuta, a que abraça, beija, carrega no colo.
O amor que surge a partir do namoro é um sentimento tão-simples-tão-complexo… Tão bom, tão viciante, tão perfeito!
O amor que construímos, tijolo a tijolo, às vezes mal colocados, às vezes firmes até demais, é digno de ser louvado e agradecido dia após dia.
O dia em que o olhei pela primeira vez está aqui, nitidamente estampado na memória. Assim como aquele primeiro dia dos namorados, em que tudo o que eu pretendia era comemorar ‘o dia dos ficantes’ ao lado dele.
Aquele ‘quer namorar comigo?’ todo tenso, todo tremido, e tudo o que vem acontecendo até hoje, É CULPA DELE!!! E eu vou jogar essa culpa na cara durante a VIDA INTEEEEIRA!!!
Que o meu melhor namorado e melhor amigo, que certamente será um dos primeiros a ler isso tudo, saiba que ele foi a melhor coisa que já me aconteceu e que me acontece a cada abrir de olhos. Que ele saiba também que meu coração já não é mais capaz de bater sem o dele marcando o compasso.
Eu te amo, meu amor, meu lindo, meu pretinho!
E que todos os dias das nossas vidas sejam eternos dias dos namorados!
Anna Motzko